Prisão de empresário em Cuiabá por esquema de pirâmide revelou novas vítimas no Japão, EUA e outras milhares no Brasil
Apartamento em que operação foi cumprida, em Cuiabá Polícia Civil de Mato Grosso Novas denúncias surgiram após a prisão do empresário Jonathan Rosa Viei...

Apartamento em que operação foi cumprida, em Cuiabá Polícia Civil de Mato Grosso Novas denúncias surgiram após a prisão do empresário Jonathan Rosa Vieira Bispo, de 42 anos, durante a Operação Rede de Mentiras, na última sexta-feira (12). Segundo a Polícia Civil, o esquema de pirâmide financeira liderado por ele fez vítimas nos Estados Unidos, Japão e milhares no Brasil. Apenas em Minas Gerais, já foram identificadas 1.054 vítimas, que teriam perdido, juntas, mais de R$ 21 milhões. O g1 tenta contato com a defesa de Jonathan e das empresas. A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), aponta que Jonathan liderava um sofisticado esquema de pirâmide financeira. Ele e os sócios usavam a promessa de lucros mensais de até 7%, sem qualquer garantia real, para atrair investidores. Segundo a polícia, o grupo também utilizava os canais digitais, como o YouTube, especialmente o canal "Treta Trader", para recrutar novas vítimas. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Antes da divulgação do caso, já haviam sido identificadas 27 vítimas, com prejuízos somados em R$ 1,3 milhão. Com o avanço das investigações, o número de lesados aumentou significativamente com denúncias de diversos estados brasileiros e no exterior. A Polícia Civil afirmou que o surgimento de novas vítimas permitirá aprofundar as investigações e será fundamental para a conclusão do inquérito policial, com o indiciamento dos envolvidos no esquema. Investigado por enganar investidores com falsas promessas de lucro é preso durante operação em Cuiabá Rede de Mentiras Relatos colhidos durante a investigação apontam prejuízos que variam de alguns milhares a centenas de milhares de reais, afetando inclusive famílias inteiras. Algumas vítimas relataram terem sofrido ameaças ao cobrarem valores de volta. A polícia informou ainda que o grupo criminoso usava empresas como Metaverso Soluções Digitais Ltda., Multiverso Digital Ltda. e Bispo Investments Ltda. para atrair investidores com promessas de rendimentos mensais de até 7%. Os supostos lucros eram garantidos por falsas promessas de segurança financeira. A Justiça também suspendeu o registro das empresas envolvidas e proibiu os investigados de exercerem qualquer atividade econômica. Também há indícios de crimes como lavagem de dinheiro, estelionato, associação criminosa e crimes contra a economia popular. O nome da operação, Rede de Mentiras, faz referência ao uso de redes sociais para atrair vítimas por meio de promessas falsas de lucro fácil, em um esquema que movimentou grandes quantias de dinheiro de forma fraudulenta.